9.12.05

harry and the addicts

Passei grande parte da infância e adolescência indo para Santos passar férias. Com uns 12 anos, era fã de quadrinhos (paixão que simplesmente desencanei com o passar do tempo) e descobri uma loja de discos chamada Blaster - que vendia HQs importadas também. Um dos caras na loja era o Hansen, que, alguns dias depois, vim a encontrar no meu próprio prédio. Fama de maluco entre os vizinhos, ele também era músico e tinha uma banda, uma das primeiras de música eletrônica no Brasil, o Harry (diz a lenda que era a "banda mais junkie do estado de SP"). O Hansen virou amigo, saiu da Blaster, veio para SP e abriu a Blood na Galeria Presidente, na 24 de Maio. Foi um dos caras que me ensinou a ouvir música de verdade (bem, pelo menos que ainda gosto até hoje) e comprei muita coisa lá, ainda em vinil. Muito rock'n'roll, eletrônico, Kraftwerk. Um tempo depois, a loja fechou e o Hansen sumiu logo depois que a coletânea Chemical Archives, com material dos dois álbuns da banda, saiu pela Cri du Chat. Teria ido para Fortaleza, mas ninguém confirmava a informação.
Faz uns dois anos que o primeiro disco do Harry, Fairy Tales, saiu em CD. E hoje, ao acaso, descubro que a banda voltou e já lançou uma caixa com o raro EP (ainda cantado em português) e os dois álbuns, além de raridades. Encomendei na hora, semana que vem chega. Estou ansioso para ouvir muita coisa que só tinha em vinil ou fita. Já até baixei umas músicas do projeto solo do cara, o Bad Cock, do site Fiber Online.
O Hansen mora hoje no Ceará e cria cachorros, além, claro de ter uma loja de discos importados (até sabia disso, mas nas duas vezes que fui a Fortaleza perguntei aos meus conhecidos por lá e ninguém conhecia a loja). Shows de lançamento da caixa Taxidermy estão programados. Tomara que passe por SP ou, pelo menos, por Santos. Vai ser divertido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Harry ... vi muitos shows... ia para SP com o Hansen, no Espaço Retro em Sta Cecília. Isso faz parte de minha adolescência ..rss.

Era muito bom td isso !!
Um abraço,

Harry ... I hear they come ... I hear they come ...

Adhoksaja Das