MSN e a web 2.0

O MSN fez uma prévia hoje do novíssimo mundo de serviços Live (e-mail, messenger, blogs, busca etc etc etc.), ou a entrada da companhia de Redmond no mundo Web 2.0, já que quase tudo é baseado na tecnologia AJAX (leia mais na PC Mag 08 e 09).

O mais importante, pelo menos que eu não tinha visto ainda em nenhum lugar, é a incrível inovação na página de buscas. Já que dizem que o usuário não vai além da terceira página de buscas, o novo MSN Search só tem UMA página de resultados, que vão se ampliando de acordo com a rolagem da página para baixo. E dá para definir macros para refinar buscas - e até inseri-las na página principal do "seu" Live.com. Google, teremos uma resposta em breve?

Os números do MSN são assustadores. São, segundo o Ibope, os líderes em audiência (80% de alcance na internet brasileira). Só que uma coisa eles nunca citam (e ninguém da imprensa especializada admite): o portal MSN já vem como página inicial do Internet Explorer, e muita gente não sabe como trocar essa página. Audiência involuntária. Quanto vale essa audiência sem esse recurso só para o portal?

Não tiro o mérito do uso incrível de MSN Messenger (18 milhões de usuários no país), um programinha que, aos poucos conseguiu desbancar o reinado do ICQ (quem?) entre os internautas brasileiros. O velho e bom Hotmail tem 17 milhões de contas cadastradas, o MSN Spaces já tem 4 milhões de blogs cadastrados. O Spaces já tem um beta em andamento na Austrália para se transformar em uma rede social (no estilo Orkut, mas com muito mais privacidade, dizem eles).

É a velha e boa estratégia Microsoft: entre depois no mercado, vá aprimorando o produto aos poucos. Quando menos se espera, o produto se tornou superior à concorrência. Exemplos? o próprio MSN Messenger, o Windows Mobile (contra o quase defunto Palm OS), o Office para Mac (superior à versão para PC). O Live.com tem um recurso nessa linha: os tais "gadgets" - mini-aplicativos conhecidos no mundo Yahoo! e Mac como widgets. Quanto você aposta que "gadgets" vão ser mais conhecidos que widgets em uns três anos? E o serviço Windows Live Call, baseado no Messenger, faz ligações telefônicas de PC para PC e de PC para telefones convencionais. Lembrou o Skype, não? (Desse faltaram detalhes sobre como será o pagamento, claro).

No meio de tanta informação, a notícia fica na descoberta que os serviços Live saem do beta já no segundo semestre e serão lançados oficialmente em português: Windows Live Messenger, Mail, Search, Toolbar, Spaces, Desktop Search e Safety Center. Eu, particularmente, já sou beta tester do Messenger e do Hotmail - muito mais limpo e organizado que o anterior.

pós-páscoa

Em fechamento da PC Mag 09. Muitas novidades bacanas. E acabei de voltar de micro-férias em João Pessoa, na Paraíba. Aguarde novidades. Até mais!

Computador = rede (mais críticas ao OLPC)

O velho mantra da Sun Microsystems foi repetido hoje pelo presidente da companhia, Jonathan Schwartz, em breve visita ao Brasil. Ele abriu o Sun Tech Days, evento para desenvolvedores Java (eram mais de 1.800 participantes presentes na manhã de hoje). O que explica o título deste post é a afirmação de Schwartz sobre o projeto do tio Negroponte do laptop de US$ 100. "Que tal focar em acesso gratuito à rede para as crianças em vez de pensar no dispositivo?", questionou Schwartz.

Tem lógica. Una redes Wi-Max (defendidas pela Intel) a dispositivos thin-client e o acesso fica bem rápido e, por que não arriscar, barato. E, como Negroponte já fez, Schwartz saiu da entrevista coletiva para seguir direto para o aeroporto, com destino a Brasília. Lembre que o executivo já escreveu uma carta a Lula sobre a inclusão digital. Deve vir algo bom por aí.
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Ah, Schwartz acredita que a Era da Informação acabou. Agora é a Era da Participação. Web 2.0 na veia, claro. Blogs, Wikipedia, open source fizeram parte do discurso de abertura do Sun Tech Days. "Desenvolvedores não compram tecnologias. Eles se unem a elas", em uma clara crítica ao mundo do software proprietário.
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Ainda o Google: A Sun anunciou algum tempo atrás uma parceria com o "deus" Google (onipresente, onipotente, onisciente). Ao terminar a reunião onde acertaram o contrato, Schwartz perguntou a Sergei Brin: "Vamos soltar um press-release?" E a resposta: "Press-release pra quê? Somos o Google. Vai sair no Google". Fica a dúvida: é uma empresa de mídia ou de tecnologia?

Tinha me esquecido: Schwartz gosta tanto do Brasil (a subsidiária brasileira retorna bons resultados) que ele acredita que o "próximo Google" vai sair daqui. Façam suas apostas, senhores!

Toda mídia

O post Google Wants YOU rendeu uma notinha na coluna do Nelson de Sá hoje. Cool :)

Preste atenção!

ADT é a sigla do momento para os viciados em informação.

Google wants YOU!

Quer dizer, se você for engenheiro, claro. Ontem teve um "Google Open House" no Hotel Unique. Entre os convidados, muita gente que trabalha com desenvolvimento de sistemas, alguns publicitários perdidos e muitas cadeiras vazias - começou cedo num dia de trânsito caótico, pra variar. Craig Nevill-Manning, diretor de engenharia (óbvio) do escritório de New York, e Berthier Ribeiro-Neto, equivalente de Craig em Belo Horizonte, falaram bastante sobre a empresa, sua infra-estrutura e projetos em andamento. Querem fazer coisas novas no Brasil (Google Local, Google Maps), sem nada novo, além do fato de Craig dar ênfase ao fato de que o Google precisa de engenheiros, muitos, aqui no Brasil e no mundo todo. Se é o seu caso, veja as ofertas de emprego no site.

novo cara no pedaço

cheguei
Originally uploaded by henrique martin.

é, mais um. os outros dois não gostaram muito da idéia. bem, problema deles.